Aqui você encontra a memória das nossas edições anteriores: nossos manifestos, a programação completa, o catálogo de filmes, a curadoria, o júri, os filmes premiados e muitas fotos!
O CineBaru, tradicionalmente realizado no distrito de Sagarana, município de Arinos, no noroeste de Minas Gerais, chega em sua sétima edição celebrando o cinema no sertão-cerrado, sua diversidade, interfaces socioambientais, tradições, povos e lutas. Fazer, exibir e viver o cinema no interior de Minas Gerais, por trás das telas, sempre foi um desafio para o CineBaru.
Imersos na vila de Sagarana, com todas as suas emoções e interações, reforçamos nossa convicção de que o cinema é um espaço poderoso para encontros e reflexões, promovendo diálogos e compartilhamento de experiências por meio de nossa rede e colaboração.
A mostra segue com o objetivo de fomentar uma rede de cinema na agenda de festivais nacionais, fortalecendo as pessoas que realizam, moram, produzem e pesquisam nos estados da Bahia, Goiás, Minas Gerais e no Distrito Federal. O CineBaru busca trazer um olhar sensível para esses territórios, principalmente nas questões ligadas ao meio ambiente e em como a emergência climática que estamos enfrentando afeta os modos de vida de seus povos.
Sendo assim, buscamos olhares sobre os temas: tradição e mestres/as; cidade e sertão; mulheres no sertão; meio ambiente e água; agroecologia; cinema e ativismo; literatura roseana; comunidades e povos tradicionais etc. Os idealizadores destacam que se somam ao movimento de combate às desigualdades e dedicam atenção especial a filmes dirigidos por mulheres, negras, negros, indígenas e LGBTQIAP+.
Boas-vindas à 7ª edição do CineBaru – Mostra Sagarana de Cinema!
Mais um ano nos encontramos, reunidos na Vila de Sagarana, para celebrar o cinema, o sertão-cerrado, seus povos e sua diversidade. O CineBaru já nasceu com um olhar voltado para as questões socioambientais e, agora, com o agravamento da crise ambiental e a emergência climática, focamos ainda mais nossas atenções para essa temática. Os filmes apresentados trazem este e outros temas que dialogam na marcação das múltiplas identidades compartilhadas pelo território baiangoneiro, como comunidades tradicionais e povos originários, mestres e mestras, relação cidade-sertão, mulheres, diversidade de gênero e orientações sexuais, agroecologia, cinema de impacto e ativismo.
O documentário é o gênero predominante deste ano na Mostra Competitiva Regional, com nove dos dezoito curtas-metragens apresentados. Isso não significa que os outros gêneros são menos importantes. Contamos também com filmes singulares de ficção, animação e experimental, das capitais e dos muitos interiores do território, abarcando as narrativas locais e os desafios de produzir cinema e encantamento em tempos de profundas crises e recursos escassos.
Iniciaremos essa viagem pedindo benção e proteção aos nossos mais velhos, que nos permitiram estar aqui estes dias pisando neste chão e criando novas possibilidades de convívio e existências. A programação das sessões nos conduzirá através de diferentes perspectivas, todas entrelaçadas pela crise ambiental que assola nosso planeta. Ao explorar o cerrado brasileiro e outras paisagens marcadas por lutas pela preservação, esperamos despertar consciências e ações necessárias para proteger e valorizar nosso meio ambiente.
Então, aproveitem as sessões sob a lua cheia do Cerrado e permitam-se transportar por essas histórias envolventes. Mergulhem nos universos peculiares e poéticos de cada narrativa, permitindo o despertar de um senso de urgência e compromisso em relação à nossa biodiversidade. Encontraremos reflexões sobre nossa interconexão com a natureza, a importância de defender nossos biomas e reconhecer os conhecimentos tradicionais dos diversos povos que habitam esses territórios.
Para o público infantojuvenil, a Mostra Sertãozin apresenta dez curtas-metragens, exibidos em espaço criado para acolher as crianças e jovens da vila e região, junto a uma extensa programação com jogos e brincadeiras tradicionais, trazendo o lúdico para as temáticas apresentadas pelos filmes.
A edição marca o retorno da Mostra Sertão, com a exibição de dois longas-metragens de caráter documental produzidos na região: Gerais da Pedra, dirigido por Diego Zanotti, Gabriel Oliveira e Paulo Junior, que cruza as histórias do povo geraizeiro com o rastro de Diadorim, personagem do sertão mineiro de Guimarães Rosa; e Santino, de Cao Guimarães, que acompanha o cotidiano do veredeiro Santino e sua família na bacia do Rio São Francisco.
Esperamos que vocês curtam! Estamos felizes pela oportunidade de propiciar esse encontro novamente.
Viva o Cinema, o Cerrado e o Sertão! O CineBaru insiste em existir por causa deles! Axé!
Gestora Cultural, Social e Ambiental, expertise em elaboração e execução de projetos, articulação e formação em Rede, mobilização e capacitação, fomento em empreendedorismo, governança, desenvolvimento sustentável. Compõe o Coletivo do CineBaru - Mostra Sagarana de Cinema. Coordenadora do Projeto Paraisópolis Através do Vidro em São Paulo/SP.
Historiadora cerratense, criadora audiovisual e agrofloresteira, inspirada em bichos, plantas e gente.
Moradora de Chapada Gaúcha-MG. Produtora Cultural, Condutora ambiental no Parque Grande Sertão Veredas, musicista, co-fundadora do Instituto Rosa e Sertão, colaboradora da Revista Manzuá e do CineBaru.
Especialista em Comunicação e Cultura, mestre em Gestão Cultural, relações públicas. Responsável pela Etcetera Produções para projetos ligados à educação e ao desenvolvimento sociocultural. Trabalhou em instituições como o SESC Rio, a Petrobras Distribuidora, a Transpetro e o IPHAN. É produtora e curadora do CineBaru - Mostra Sagarana de Cinema, no sertão de Minas Gerais, desenvolvendo também projetos na área de formação audiovisual.
Atualmente vive em Sagarana, cerratense, poeta, sertanejo, educador, arte educador, artista, ex-caminhante do Caminho do sertão, produtor e membro fundador do CineBaru e atual presidente da Associação Cresertão. Tem formação complementar em beneficiamento de produtos extrativistas, turismo de base comunitária, irrigação em sistemas orgânicos e agroflorestais, identificação de plantas e ervas medicinais do cerrado e marcenaria, uso e extração de madeiras do cerrado. Graduando em dança pelo Instituto Federal de Goiás, com interesse nas artes da cena e da linguagem e suas interseções com educação, tradições e meio ambiente.
Artista, fotógrafo e cineasta dos sertões gerais e compõe a equipe do CineBaru.
Cerratense, goiano, biólogo, cofundador do CineBaru têm interesse em diálogos e práticas decoloniais na educação, conservação da natureza e cultura.
Preto e Aquilombado, Bacharel em Cinema e Audiovisual, artista, documentarista, cineasta, produtor cultural, pesquisador e extesionista com comunidades quilombolas e tradicionais, apaixonado por cultura popular, ativista, nascido e banhado nas águas do Rio Urucuia, norte-mineiro e apaixonado pelo sertão.
Nasci mineira, me chamaram Simone, cresci fazedora da cultura.
Natural do cerrado, é brasiliense de ascendência mineira, cientista social, realizadora audiovisual e produtora criativa. aprendiz da vida, da terra e da capoeira angola.
Filha de Sagarana, nascida e criada na vila. Artesã, trabalha com papel machê e argila. Atua na área da palhaçaria, alegrando as crianças e adultos da comunidade.
Travesti de Planaltina Goiás vivendo em Sagarana. Agroecóloga pelo Instituto Federal de Brasília e mestranda no PPG-Mader pela UnB. Artista independente, produz acessórios e jóias e atua como figurinista.
Pesquisadora das relações entre cinema e educação, com doutorado em andamento na Faculdade de Educação da USP. Integrante da Rede Latino-americana de Educação, Cinema e Audiovisual - Rede Kino.