Aqui você encontra a memória das nossas edições anteriores: nossos manifestos, a programação completa, o catálogo de filmes, a curadoria, o júri, os filmes premiados e muitas fotos!
Vem aí o #5 CineBaru – Edição LAB 2021!
A 5ª edição do CineBaru – Mostra Sagarana de Cinema, que ocorre tradicionalmente no distrito de Sagarana, município de Arinos, no noroeste de Minas Gerais, será em edição online e emergencial, devido aos tempos pandêmicos aos quais ainda nos encontramos.
A Mostra Competitiva Regional e a Mostra Sertãozin (infantojuvenil) ocorrerão entre os dias 28 de abril e 02 de maio de 2021. Obras de diretoras e diretores do território baiangoneiro, oficinas e rodas de prosa acontecerão em ambiente virtual em função da pandemia da COVID-19. Os filmes selecionados ficarão disponíveis aqui no nosso site durante 5 dias de forma aberta e gratuita.
A produção do CineBaru é do coletivo Ecos do Caminho e a presente edição do ano de 2021 será realizada com recursos da Lei de
Emergência Cultural Aldir Blanc, Governo do Estado de Minas Gerais, Secretaria Especial de Cultura e Ministério do Turismo.
O edital de filmes para a Mostra Competitiva Regional e para a Mostra Sertãozin fica disponível a partir do dia 01 de março e as inscrições vão até o dia 21 de março de 2021. Participe, compartilhe, divulgue!
Manifesto CineBaru 2021 – Carta para a #5 edição
Para a quinta edição do CineBaru só conseguimos pensar sobre o tempo. Que tempo é esse que estamos vivendo? Tempo de reflexão, de indignação, de maturar, de entender, de lutar, de confiar e de cuidar. Tempo de materialização de sonhos, aprofundamento de laços, crescimento da família. Tempo de urgências e emergências, de aprender a viver em tempos pandêmicos, de saber estar perto na ausência física, de estipular prioridades, de fortalecimento interno. Quando refletimos sobre a edição passada, ou melhor, sobre a retrasada, pensávamos em festa, em celebração e nos encontros possíveis e improváveis dados em cada esquina e em cada cadeira daquele campinho que era o nosso cinema.
Poucos meses depois de nossa quarta edição, que foi realizada num movimento de resistência ao projeto de desmonte às pastas da cultura, educação e meio ambiente, estamos aqui novamente criando outra edição, virtual e emergencial, oscilando com a alegria de seguirmos firmes e o peso que todos esses meses de pandemia e desgoverno parecem despejar em nossos ombros.
Assim, os desafios são cotidianos e percebemos cada vez mais a importância do caminhar junto. Coletividade. A força da luta e da resistência possibilitou essa quinta edição da nossa mostra. Foi essa força que uniu parlamentares em prol da cultura, que junto de movimentos sociais, agentes de cultura e sociedade civil participaram coletivamente da elaboração da Lei de Emergência Cultural Aldir Blanc (LAB). A oposição, em uma grande mobilização nacional, resistiu ao projeto de governo antidemocrático que está em curso e lutou para que hoje nós possamos continuar a semear cinema no sertão.
Portanto, reafirmamos nossa bandeira e nossa luta. O CineBaru é movimento político e nossa motivação é a resistência. Somos uma mostra de cinema que luta contra o fascismo e o obscurantismo que está propagado no país. Somos contra um projeto de Brasil que rejeita a diversidade de sua própria cultura. Estamos aqui para celebrar a democracia.
E voltamos para o território. É impossível pensar CineBaru sem lembrar de Sagarana. “Sagas”, a nossa casa por tantos momentos de construção e convivência diária, entre nós, com o lugar, com as gentes, doguinhos, tucanos e tantos mais. Ainda que de forma virtual, o CineBaru segue em conexão com Sagarana, com o sertão e com cada um e uma de vocês, parte dessa extensa rede de afeto.
O CineBaru sente esse tempo e volta no passado, quando estávamos na varanda de casa, recebendo tantas e tantos, e no meio disso, pensando e fazendo um cinema permeado por abraços e encontros. Neste ano, seguimos no abraço remoto, com o compromisso de nos apropriarmos de um lugar enquanto sujeito ativo da Mostra, sentindo sua potência de fala e relevância.
O CineBaru é essa força coletiva, que busca refletir o cinema-território a partir de olhares diversos e igualitários, dando voz às margens. Que possamos alcançar o coração de nossa comunidade de Sagarana, além de outros corações. Citando Mateus Aleluia: “Os nossos pés se revigoram quando pisam nesse chão…”. Que seja possível em breve retornar, voltar a pisar concretamente naquele chão e nos nutrir mutuamente! Viva a democracia! Viva o CineBaru!
Equipe CineBaru
Coletivo Ecos do Caminho
Historiadora e produtora cultural, pesquisadora da memória, das culturas populares, da história da alimentação e da cultura material.
Moradora de Chapada Gaúcha-MG. Produtora Cultural, Condutora ambiental no Parque Grande Sertão Veredas, musicista, co-fundadora do Instituto Rosa e Sertão, colaboradora da Revista Manzuá e do CineBaru.
Professora, documentarista e pesquisadora. Pós doutora em Comunicação e doutora em Educação pela Universidade de Brasília (UnB).
Diretora, roteirista e sócia da Panaceia Filmes. Seu primeiro roteiro de longa-metragem, “Solina”, foi premiado nos laboratórios de roteiro Curitiba Lab e no Diáspora Conecta.
Recentemente dirigiu uma série infantil educacional para a TV Sagres e no momento está desenvolvendo um roteiro do longa-metragem, uma série de TV e finalizando seu próximo curta.
Jornalista e mestre em Ciências da Comunicação pela Universidade do Porto, sendo sua área de pesquisa a análise de imagem e semiótica. Trabalhou na Universo Produção produzindo a Mostra de Cinema de Tiradentes, CineOP, CineBH, Brasil CineMundi e Arquivo em Cartaz. Atualmente vive em Portugal e trabalha como redatora para diversos sites.
Um salve para quem agrega!
Eu tenho 21 anos, sou criada com mulheres e com as águas de Lençóis. Com a câmera registro histórias e com escuta percebo a diversidade e afirmo minha identidade. Estudante de pedagogia e encantada pela arte e por quem transforma.
Trabalha na crítica, programação, pesquisa e realização em cinema. Mestrando em Comunicação Social na Universidade Federal de Minas Gerais, graduou-se na mesma área na Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. É membro dos grupos Áfricas nas Artes (Cahl/UFRB) e Poéticas da Experiência (UFMG). Realizador do filme ensaio “Tudo que é apertado rasga” (2019). Compôs a comissão de seleção de festivais, mostras e laboratórios de filmes, a exemplo do FestCurtas BH (2019-2020), Diáspora Lab (2018), etc. Mais recentemente, compôs o corpo curatorial do IX CachoeiraDoc, festival junto ao qual vem contribuindo ao longo dos últimos anos. Cineclubista, participou do Cineclube Mário Gusmão, Cine Tela Preta, Cinema em Vizinhança, etc. Contribui com textos para revistas, sites e para o blog pessoal Tocar o Cinema. Atualmente está envolvido na criação do festival Fluxo-Fixo.
Artesã, professora, dançadeira. Vivo na comunidade tradicional do Ribeirão de Areia, no Norte de Minas. Nessa roda a fiar, vivo a confiar e caminhar movendo-me através das belezuras do mundo dos encantamentos (militância do afeto).
Samylla Alves, Karla Vaniely, Nan, Maria Clara, Gley, Ivanilde Moreira e Luane Cinemá são os integrantes do Coletivo Cine Barranco que compõe o Júri do CineBaru 2021.
O Cine Barranco é um coletivo de cinema que surgiu de dentro do Ponto de Cultura Centro de Artesanato.
"Chegamos ao mundo em janeiro de 2020 e existimos por aqui, nas barrancas de Januária, sertão norte de Minas Gerais. O que a gente quer é exibir e produzir filme. É ter para escolher. Se quer ou não, se fica ou se vai. É ser livre."