CINEBARU
Mostra Sagarana de Cinema 19-21 Setembro | 2024

Edições anteriores

Aqui você encontra a memória das nossas edições anteriores: nossos manifestos, a programação completa, o catálogo de filmes, a curadoria, o júri, os filmes premiados e muitas fotos!

#7 CineBaru 2023

CineBaru, tradicionalmente realizado no distrito de Sagarana, município de Arinos, no noroeste de Minas Gerais, chega em sua sétima edição celebrando o cinema no sertão-cerrado, sua diversidade, interfaces socioambientais, tradições, povos e lutas. Fazer, exibir e viver o cinema no interior de Minas Gerais, por trás das telas, sempre foi um desafio para o CineBaru.

Imersos na vila de Sagarana, com todas as suas emoções e interações, reforçamos nossa convicção de que o cinema é um espaço poderoso para encontros e reflexões, promovendo diálogos e compartilhamento de experiências por meio de nossa rede e colaboração.

A mostra segue com o objetivo de fomentar uma rede de cinema na agenda de festivais nacionais, fortalecendo as pessoas que realizam, moram, produzem e pesquisam nos estados da Bahia, Goiás, Minas Gerais e no Distrito Federal. O CineBaru busca trazer um olhar sensível para esses territórios, principalmente nas questões ligadas ao meio ambiente e em como a emergência climática que estamos enfrentando afeta os modos de vida de seus povos.

Sendo assim, buscamos olhares sobre os temas: tradição e mestres/as; cidade e sertão; mulheres no sertão; meio ambiente e água; agroecologia; cinema e ativismo; literatura roseana; comunidades e povos tradicionais etc. Os idealizadores destacam que se somam ao movimento de combate às desigualdades e dedicam atenção especial a filmes dirigidos por mulheres, negras, negros, indígenas e LGBTQIAP+.

Boas-vindas à 7ª edição do CineBaru – Mostra Sagarana de Cinema! 

Mais um ano nos encontramos, reunidos na Vila de Sagarana, para celebrar o cinema, o sertão-cerrado, seus povos e sua diversidade. O CineBaru já nasceu com um olhar voltado para as questões socioambientais e, agora, com o agravamento da crise ambiental e a emergência climática, focamos ainda mais nossas atenções para essa temática. Os filmes apresentados trazem este e outros temas que dialogam na marcação das múltiplas identidades compartilhadas pelo território baiangoneiro, como comunidades tradicionais e povos originários, mestres e mestras, relação cidade-sertão, mulheres, diversidade de gênero e orientações sexuais, agroecologia, cinema de impacto e ativismo.

O documentário é o gênero predominante deste ano na Mostra Competitiva Regional, com nove dos dezoito curtas-metragens apresentados. Isso não significa que os outros gêneros são menos importantes. Contamos também com filmes singulares de ficção, animação e experimental, das capitais e dos muitos interiores do território, abarcando as narrativas locais e os desafios de produzir cinema e encantamento em tempos de profundas crises e recursos escassos. 

Iniciaremos essa viagem pedindo benção e proteção aos nossos mais velhos, que nos permitiram estar aqui estes dias pisando neste chão e criando novas possibilidades de convívio e existências. A programação das sessões nos conduzirá através de diferentes perspectivas, todas entrelaçadas pela crise ambiental que assola nosso planeta. Ao explorar o cerrado brasileiro e outras paisagens marcadas por lutas pela preservação, esperamos despertar consciências e ações necessárias para proteger e valorizar nosso meio ambiente.

Então, aproveitem as sessões sob a lua cheia do Cerrado e permitam-se transportar por essas histórias envolventes. Mergulhem nos universos peculiares e poéticos de cada narrativa, permitindo o despertar de um senso de urgência e compromisso em relação à nossa biodiversidade. Encontraremos reflexões sobre nossa interconexão com a natureza, a importância de defender nossos biomas e reconhecer os conhecimentos tradicionais dos diversos povos que habitam esses territórios.      

Para o público infantojuvenil, a Mostra Sertãozin apresenta dez curtas-metragens, exibidos em espaço criado para acolher as crianças e jovens da vila e região, junto a uma extensa programação com jogos e brincadeiras tradicionais, trazendo o lúdico para as temáticas apresentadas pelos filmes.    

A edição marca o retorno da Mostra Sertão, com a exibição de dois longas-metragens de caráter documental produzidos na região: Gerais da Pedra, dirigido por Diego Zanotti, Gabriel Oliveira e Paulo Junior, que cruza as histórias do povo geraizeiro com o rastro de Diadorim, personagem do sertão mineiro de Guimarães Rosa; e Santino, de Cao Guimarães, que acompanha o cotidiano do veredeiro Santino e sua família na bacia do Rio São Francisco.

 

Esperamos que vocês curtam! Estamos felizes pela oportunidade de propiciar esse encontro novamente.

Viva o Cinema, o Cerrado e o Sertão! O CineBaru insiste em existir por causa deles! Axé!

Programação #7 CineBaru 2023

Curadoria

Andréa Alves

Gestora Cultural, Social e Ambiental, expertise em elaboração e execução de projetos, articulação e formação em Rede, mobilização e capacitação, fomento em empreendedorismo, governança, desenvolvimento sustentável. Compõe o Coletivo do CineBaru - Mostra Sagarana de Cinema. Coordenadora do Projeto Paraisópolis Através do Vidro em São Paulo/SP.

Camilla Alves

Cerratense, historiadora, escritora, pesquisadora, agroecóloga em formação e aprendiz dos saberes da terra.

Diana Campos

Moradora de Chapada Gaúcha-MG. Produtora Cultural, Condutora ambiental no Parque Grande Sertão Veredas, musicista, co-fundadora do Instituto Rosa e Sertão, colaboradora da Revista Manzuá e do CineBaru.

Isabella Atayde

Especialista em Comunicação e Cultura, mestre em Gestão Cultural, relações públicas. Responsável pela Etcetera Produções para projetos ligados à educação e ao desenvolvimento sociocultural. Trabalhou em instituições como o SESC Rio, a Petrobras Distribuidora, a Transpetro e o IPHAN. Desde 2017 é produtora e curadora do CineBaru - Mostra Sagarana de Cinema, no sertão de Minas Gerais, desenvolvendo também projetos na área de formação audiovisual.

João Carlos Freitas

Atualmente vive em Sagarana, cerratense, poeta, sertanejo, educador, arte educador, artista, ex-caminhante do Caminho do sertão, produtor e membro fundador do CineBaru e atual presidente da Associação Cresertão. Tem formação complementar em beneficiamento de produtos extrativistas, turismo de base comunitária, irrigação em sistemas orgânicos e agroflorestais, identificação de plantas e ervas medicinais do cerrado e marcenaria, uso e extração de madeiras do cerrado. Graduando em dança pelo Instituto Federal de Goiás, com interesse nas artes da cena e da linguagem e suas interseções com educação, tradições e meio ambiente.

João Gabriel Marins

João Gabriel Marins é um jovem artista que, através do vão do mundo chegou no sertão e lá fez morada. Foi no cinema aonde encontrou como tecer as histórias que conta e a se encantar com as vidas que busca.

Rhaul de Oliveira

Cerratense, goiano, biólogo, cofundador do CineBaru têm interesse em diálogos e práticas decoloniais na educação, conservação da natureza e cultura.

Roger Martins

Nascido e criado às margens do Rio Urucuia, técnico em Informática pelo IFNMG – Campus Arinos, graduando do curso de Cinema e Audiovisual do IFG – Cidade de Goiás. Preto, artista, norte-mineiro, documentarista, diretor, produtor cultural, desenvolve trabalhos freelancers como designer, social media, editor, marketing digital. Ativista pelas causas estudantis, pelo movimento negro e apaixonado pelo sertão.

Simone Veloso

Nasci mineira, me chamaram Simone, cresci fazedora da cultura.

Júri Técnico

Ana Paula Rabelo

Natural do cerrado, é brasiliense de ascendência mineira, cientista social, realizadora audiovisual e produtora criativa. aprendiz da vida, da terra e da capoeira angola.

Gasparina Borges de Jesus

Filha de Sagarana, nascida e criada na vila. Artesã, trabalha com papel machê e argila. Atua na área da palhaçaria, alegrando as crianças e adultos da comunidade.

Mau Fernandes

Travesti de Planaltina Goiás vivendo em Sagarana. Agroecóloga pelo Instituto Federal de Brasília e mestranda no PPG-Mader pela UnB. Artista independente, produz acessórios e jóias e atua como figurinista.

Rafaela Mahiane

Pesquisadora das relações entre cinema e educação, com doutorado em andamento na Faculdade de Educação da USP. Integrante da Rede Latino-americana de Educação, Cinema e Audiovisual - Rede Kino.

Parceiros da #7 CineBaru 2023