A vila de Sagarana fez parte de um processo de colonização agrícola de efeito social promovido pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) na década de 70, sendo, então, o segundo projeto de Assentamento Rural de Reforma Agrária do Estado de Minas Gerais. Localizada no cerrado, nesse sertão de veredas e matas, Sagarana apresenta uma enorme biodiversidade de fauna e flora, além de nascentes e veredas que formam cursos d’água relevantes para a região.
O médico, diplomata e escritor João Guimarães Rosa inscreveu Contos num concurso em 1938, livro que viria a ser a primeira versão de Sagarana, coletânea com novas histórias publicada em 1946. O nome remete ao ‘saga’ – algo heroico, uma lenda – somado ao ‘rana’, termo que remete à semelhança, ou seja: Sagarana, numa definição direta e reta, seria ‘tipo uma coisa muito foda’.
No noroeste das Minas Gerais, nos anos 1970 e, portanto, com Rosa já morto, o INCRA definiu um assentamento a cerca de 300km de Brasília, numa área que pega parte do município de Arinos. Sabe-se lá se leitor voraz do mineiro ou só um apaixonado pela sonoridade do termo-homenagem, um técnico, no vai-e-vem da demarcação ou do preenchimento de um formulário qualquer cravou: Estação Ecológica Sagarana.
Estava forjado o encantamento. Se o cenário de Rosa é o Gerais, Sagarana toma para si a referência poética do livro primeiro.
Para receber você que vem para o CineBaru, articulamos junto à comunidade um circuito de hospedagem comunitária. Várias famílias da vila abriram suas casas para oferecer pouso para o visitante. Esse formato de hospedagem é uma ótima maneira de conhecer mais um pouco sobre a vila e sua gente! Se você tiver interesse é só entrar em contato diretamente com os anfitriões.
Além da hospedagem comunitária, o CineBaru disponibiliza um espaço de camping durante a Mostra. Caso você escolha essa opção, traga seu equipamento de camping! O espaço dispõe de banheiro e chuveiro. Quando chegar à Sagarana, procure pela equipe do CineBaru para receber as devidas orientações.
O CineBaru organiza a cada edição um Restaurante Comunitário (RC) para facilitar a alimentação do público ao longo da Mostra.
O RC vai funcionar entre os dias 18 e 22 de setembro, com serviço de almoço e jantar (com opções vegetarianas e veganas).
Restaurante Comunitário
Local: Casa da Dona Nega (em frente à Escola)
Horário Almoço: 11h30 às 14h
Horário Jantar: 17h às 19h
Valor: R$ 20,00 por pessoa
Formas de pagamento: dinheiro e pix.
Além do Restaurante Comunitário, existem várias opções para lanches e compras de alimentos. Listamos abaixo algumas dessas opções.
Ponto de atenção: Em Sagarana não há caixas de banco automáticos e não são todos os comércios que aceitam cartão bancário, portanto leve dinheiro suficiente para sua estadia.
Parque Estadual de Sagarana
Acesso gratuito
Considerada de fácil acesso, está aproximadamente a 8 km de Sagarana, com trilha de apenas 600 metros. A trilha passa por uma mata de galeria e floresta decídua, e conta com placas informativas de identificação das espécies vegetais nativas do Cerrado ao longo do percurso. Recomenda-se visita com guias ou condutores locais. O Parque é administrado pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF).
Grau de dificuldade: baixo
Altura da queda: aprox. 65 metros de altura
Sagarana
Acesso pago
Considerada de fácil acesso, sem trilha e com disponibilidade de estacionamento.
O local oferece áreas próprias para nadar e temperatura agradável, proporcionando uma experiência de lazer e contemplação da natureza.
Grau de dificuldade: baixo
Altura da queda: aprox. 25 metros de altura
Sagarana
Acesso gratuito
Localizada em Sagarana, a aproximadamente 19 km do distrito. Considerada de fácil acesso, encontra-se em boas condições de preservação. O percurso até a
cachoeira é de aproximadamente 5 km e é feito por uma trilha com médio grau de dificuldade. Ao longo do caminho, a trilha apresenta estreitamentos e, em alguns pontos, elevada inclinação, exigindo maior
atenção por parte da pessoa visitante. Durante a caminhada, é possível encontrar uma diversidade de flora, que inclui tipologias de mata de galeria e floresta decídua, além de observar avifauna e fauna. Também é possível admirar afloramentos rochosos ao longo do percurso. Recomenda-se visita com guias ou condutores locais.
Grau de dificuldade: médio
Altura da queda: aprox. 75 metros de altura
Uruana de Minas
Acesso gratuito
Localizada no município de Uruana de Minas, a 36 km do centro da Sagarana, possui a maior queda do noroeste de Minas Gerais. A trilha é considerada fácil, com apenas 1,5 km (ida e volta). É importante observar que nadar no poço é proibido, devido à força da queda.
Acima da cachoeira principal, há uma outra queda menor com poço adequado para banhos, que oferece uma vista deslumbrante e borda infinita. Recomenda-se visita com guias ou condutores locais.
Grau de dificuldade: baixo
Altura da queda: aprox. 144 metros de altura
Uruana de Minas
Acesso pago
A segunda maior cachoeira da região, localizada em Uruana de Minas, está a aproximadamente 30 km de Sagarana. A trilha possui 4 km de extensão (ida e volta), com desnível positivo de 164 metros e travessias no rio em pedras escorregadias. Possui 3 cachoeiras na parte superior da queda principal, com acesso restrito com uso de técnicas verticais.
O acesso à cachoeira é através de propriedade privada, sendo necessário obter permissão de acesso e pagar taxa de entrada. Visita com condutores ou guias locais obrigatória.
Grau de dificuldade: difícil
Altura da queda: aprox. 110 metros de altura